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Transição Capilar | Estou preparada?

23fev

Oi gente marlinda da minha vida! Hoje vamos falar de um certo período que muita cacheada já passou, e que vai além da famosa e simplista “tesourada” conhecida como BC (Big Cut). A baita fase que é a Transição Capilar!

Quem vê de fora pode até pensar que essa fase não é assim “grande coisa”, e pra algumas pessoas, impressionantemente, não é! Inclusive várias palmas pras desprendidas, porque eu e minha casa serviremos á minha juba HAHAHA e nossa, eu demorei muuuuuuito na transição! Foram vários truques envolvidos, muito coque e cabelo preso, e muito, mas muuuuuito creme de pentear! :’D

Claro que, além disso, é preciso ter jogo de cintura e a plena realização de que você não tá sozinha nessa. Todo dia o número de cacheadas corajosas determinadas a recuperar suas molinhas só cresce! <3 Não precisa ter pressa durante a transição capilar, você só deve cortar seu cabelo quando estiver plenamente confortável com o cumprimento da raiz sem química. Não existe tempo certo! Lembre-se que você está passando por essa fase por você e ninguém mais.

Pro meu azar, na minha época não haviam tantas opções maravilhosas no mercado como existem hoje pra cacheadas, algumas até mesmo super específicas. E quem tá passando pela fase sabe, é de importância crucial a forma como levamos esse tempo até o famoso corte. Relaxa, o passo mais difícil, é ao mesmo tempo o mais fácil;  começar. E desmarcar aquele horário já rotineiro com a cabeleireira.

E uma coisa que pode fazer você desistir durante a transição é, justamente, o aspecto que fica o seu cabelo durante esse processo. Se você tem uma auto-estima frágil (tipo eu), isso pode ser bem difícil. 🙁 mas não impossível! Por muitas vezes eu tive vontade de desistir e passar uma chapinha que fosse (o que vale destacar, é permitido) pra igualar a raiz ao comprimento, mas segui firme na base dos truques!

Truquezinho #1: O dedoliss!

Você vai precisar de:

  • Creme de pentear cacheado
  • Gelatina Capilar
  • Seus dedos

O dedoliss talvez ainda tenha uma fama meio injusta, baseado em cachos grossos e uniformes demais, similares áqueles que a sua mãe fazia em você quando tinha 5 aninhos. Mas gente, durante a transição, o dedoliss pode ser seu principal aliado no dia-a-dia. A técnica é absurdamente simples; basta, após o banho e uma camada generosa da sua gelatinacapilar favorita misturada ao seu creme de pentear para cacheadas (na proporção de 3:1), separar seu cabelo em mechas, enrolar cada uma com os dedos, e aguardar secar. Depois de seco, é só desfazer gentilmente cada cacho com os dedos. Simples né? <3

Dica: Se a sua química for muito forte e dificultar esse processo mesmo com o cabelo molhado, experimente prender cada cacho contra a raiz com um grampo.

Produtos recomendados pela tia Su pra esse processo: Novex Meus Cachos de Cinema Manteiga Ativadora de Cachos  + Novex Meus Cachos Gelatina Poderosa

Truquezinho #2: A chapinha!

Você vai precisar de:

  • Chapinha
  • Protetor térmico

Não me bate! Haha não é porque você está -finalmente- saindo dessa vida, que vamos demonizar a chapinha!

Quando a raiz ainda está pequena, usar a chapinha pra igualar a textura do cabelo pode ser uma opção mais tranquila pra você que ainda está se adaptando. 🙂 Não tem mal algum nisso, fique deboas! <3 Porém, é muito importante que você proteja seus fios nesse processo, especialmente essa parcela que ainda está “virgem”. Por isso, não deixe de hidratar a raiz e também de usar um protetor térmico. Após isso, é só separar o cabelo por camadas e aplicar a chapinha na raiz, puxando pro comprimento.

Dica: Esse método é bem legal pra quando a raiz ainda é curtinha, por isso, procure usar uma chapinha pequena – tipo aquelas específicas pra franja.

Produtos recomendados pela tia Su pra esse processo: Novex Blindagem Antipoluição O Poderoso Carvão Ativado

Truquezinho #3: A fitagem!

Você vai precisar de:

  • Creme de pentear cacheado
  • Gelatina capilar
  • Tecido de algodão
  • Seus dedinhos

Esse método foi o que eu usei durante quase toda a minha transição, porém, ele tem um efeito mais satisfatório se o comprimento do seu cabelo não tiver uma química tão agressiva de modo que fique liso escorrido (o meu por exemplo, era uma escova marroquina sem formol. Ou seja, era liso, mas ainda tinha umas ondinhas tímidas), ou se a parte “virgem” já for maioria em comparação a parte alisada. Ou seja, quando você tiver já um bom tempo de estrada na transição.

Depois de aplicar a misturinha do creme de pentear e da gelatina na proporção de 3:1, é só dividir o cabelo usando os dedos pra formar várias “fitas”, e em seguida amassar as mechas com um tecido de algodão. Deixe secar naturalmente. <3

Dica: É importante que o tecido seja 100% algodão pra não gerar frizz!

Produtos recomendados pela tia Su pra esse processo: Novex Meus Cachos Gelatina Poderosa + Novex Meus Cachos Manteiga Ativadora de Cachos Pra Divar Se Joga no Brilho


E aí, já testou algum desses métodos? Eles são bem clássicos, né? E de quebra o #1 e o #3 ainda podem ser usados depois do big cut! 😀

Ano passado eu ainda apresentei uma família de produtos bem bacana totalmente dedicada a sobrevivência nessa fase que é a transição capilar, olha só:

Os produtinhos desse vídeo você também encontra no site da embelleze.com

Me conta que outros métodos você conhece! <3

Esse post é um publi elaborado com muito carinho com opiniões pessoais e imutáveis da autora do blog. <3

Suelen Cosli

Amigos que se odeiam (e você no meio)

04maio

Pessoas são diferentes. Se não fossem, o mundo seria chato demais, não é? Pois. Mas como tudo tem dois lados, ás vezes essas diferenças acabam resultando na inevitável incompatibilidade de dois serezinhos. E apesar de desanimador, não tem nada de errado com isso, vida que segue.
Na verdade, tem uma coisa de errado na situação sim, e é quando esses dois tem um grande amigo em comum no meio; você.

Eu já passei por essa situação um total de três vezes na vida. Em outras vezes eu estive em um dos lados e quem sofreu no início foi meu amigo no meio, porque eu tava tranquila, sério. Mas nem sempre os dois lados tem todo esse senso de maturidade (SE ACHA SUELE), daí é que estará aberta a temporada de tretas!

Vamos analisar a situação com esse trio fictício:

Geovana, Marcela, e Julinha são bem amigas. Fazem quase de tudo juntas; saídas, fazem festas do pijama, dividem segredos. Até que, num belo dia, algo acontece (daí tem toda uma gama de possíveis problemas; todo mundo é diferente como já falei então não tem como julgar) e Geovana e Julinha brigam. E nem foi briga verbal, foi só um disse-me-disse vindo de lados externos ao grupo, que talvez tenha sido um equívoco e chegou errado no ouvido de uma ou de outra, ou talvez tenha sido alguma coisa bem ruim mesmo.

Seja o que for, aconteceu, e foi ruim. Ruim o bastante pra Geovana nunca mais olhar na cara de Julinha. Julinha bloqueou Geovana no face. Geovana deu unfollow no instagram de Julinha.

E cadê Marcela no meio disso tudo?

Lá mesmo, no meio.

Geovana e Julinha estão bravas uma com a outra, mas não com Marcela. Até porque Marcela não teve ligação alguma com a treta, então não tem por quê ficarem bravas com ela. Pelo menos não ainda.

Ainda não porque, ainda chegaria o dia em que Marcela diria pra Julinha “hoje não posso sair, tenho que ajudar minha mãe com o computador novo dela” quando, na verdade, Marcela estaria indo dormir na casa de Geovana. Geovana essa, amiga do peito, mas que ficou com uma pulga atrás da orelha no fim de semana seguinte, quando convidou Marcela pra almoçar em sua casa, e a mesma disse que não poderia ir pois sua mãe faria um belo peixe assado especialmente pra ela no mesmo dia, e não podia desguiar uma mãe tão atenciosa, não é mesmo?

Marcela você odeia peixe” Talvez ela tenha esquecido num lapso que Geovana a conhece tão bem pra constatar algo tão bobo. “Mas minha mãe adora! E ela quer passar mais tempo comigo e tal, a vida ta corrida, você sabe” Geovana assentiu, compreensiva. Mas a pulguinha? Mordeu um pouco mais forte.

E Marcela não comeu peixe assado no sábado, afinal. Ela almoçou lasanha bolonhesa. Receita mais que especial da mãe de Julinha.

Na quinta-feira, Julinha convidou Marcela para irem ao cinema na mesma noite ver o novo Batman vs Superman, franquia que o trio ama. Marcela com a voz triste disse que não poderia ir, pois tinha que ser babá para a prima que precisava ir a um congresso e não podia deixar a pequena sozinha em casa. Convenientemente a mesma desculpa que deu á Geovana no dia anterior, que já havia a convidado para o mesmo programa.

Marcela estava muito mal. Na verdade ela estava já adquirindo uma cor roxa nas têmporas devido o estresse, pois teve de inventar muitas mentiras nas últimas semanas, coisa que não estava acostumada e lhe consumia de culpa. E dessa vez, foi preciso que fosse assim, desguiar as duas da verdade. Ela simplesmente não podia suportar a ideia de ir com uma das amigas ao cinema; era um programa que as três tinham em mente desde o primeiro trailer solto no facebook. E de repente, por causa de uma briga, esse programa não podia existir mais. Não sem as três juntas. E enquanto isso, Geovana e Julinha se encontravam enfornadas em suas casas, tristes também por não terem a companhia que queriam para ver o superman levando um pau de um playboy milionário e a mulher maravilha aparecendo pra roubar o filme.

Moral da história: A culpa que Marcela sentia, não só lhe custou as têmporas rosadas, mas também a chance de ver Batman vs. Superman na pré-estréia. Agora ela teria de lidar com todos os spoilers pelo resto da semana. Que droga, viu?

Mas e agora, o que Marcela fez de errado aqui? Porque teoricamente, ela não fez nada pra merecer essa vida dupla. Ela não se envolveu em nenhuma briga, manteve a paz o máximo que conseguiu, fez de tudo pra não magoar nenhuma das duas queridas amigas. Então por quê?

Porque Marcela preferiu enxugar gelo.

Vamos ver o que poderia ter sido feito pra que nenhum dos lados, e nem quem está no meio, tenha passado por perrengues ou magoado outrem;

Primeiro: diálogo, Julinha
Ok, elas brigaram. Seja qual foi o motivo, aconteceu a desavença que causou a amizade a azedar e se desfazer. Acontece! Mas desde o início, Marcela como boa amiga sobrevivente do conflito, deve conversar com as duas partes. Deve deixar claro que, apesar do acontecido, ela não quer escolher lados; ela continua amando as duas da mesma forma e não vai deixar que a situação delas acabe prejudicando a amizade que resta. Em troca, Marcela vai ter respeito pelas duas, não vai conversar ou fofocar a respeito da Julinha com a Geovana e nem vice-versa. Vai deixar bem claro desde o início, que se Julinha falar algo ruim de Geovana pra Marcela, Marcela vai jogar o “para-pa-para-parô por aí” e se negar a falar coisas ruins de uma amiga. A mesma técnica vai ser aplicada com Geovana a respeito de Julinha.

Segundo: não força, Marcela
Tentar juntar as duas amigas que brigaram por vezes pode até dar certo, mas dependendo da situação, pode também não ser uma boa ideia; ainda mais quando a principal razão disso é algo tão superficial, como por exemplo, Marcela não querer ter um grupo desfalcado. Temos que respeitar nossos amigos e se no momento, algum deles não quer ter que lidar com alguém que o magoou, você não pode forçar isso pelo bem da dinâmica do grupo.

Teceiro: eita, Geovana!
Talvez o erro mais grave de Marcela na situação acima, foi ter sido falsa com ambas as amigas, pelo “bem maior”. Não existe isso, miga. Mentir numa situação como essa é assinar o atestado de futura ex-amiga, porque vida dupla nunca foi solução de nada. Se num belo dia Marcela for no cinema com Julinha, e o primo do tio do pai de Geovana a reconhece, e conta casualmente durante o almoço de família como viu Marcela e Julinha indo ver aquele novo filme do Johnny Depp no mesmo shopping que ele estava… Um programa inocente… Ou até seria, mas Geovana vai ficar cabreira e se sentir traída, talvez até fazer um escândalo e fazer um textão no facebook jogando indiretas-meio-diretas para Marcela de como ela é falsa… E tudo que Marcela queria era somente manter a paz… Sabe de nada, Marcela.

Quarto: organiza, mas organiza na sinceridade
Foi estabelecido no primeiro passo que honestidade é a parte mais importante numa situação de amigas que se odeiam. Foi estabelecido também, que Marcela como boa amiga, não iria se desfazer de nenhuma das duas amigas, e muito menos trair a confiança da outra. Com isso, é preciso pôr em prática; Julinha convidou Marcela pra acampar no fim de semana. Geovana a convidou pra ir ao boliche. Marcela cordialmente diz que não irá poder, pois já havia combinado de ir acampar com Julinha. Quem sabe no fim de semana que vem?

Quinto: nem sempre dá certo. Todo mundo é diferente.
É preciso aceitar que nem todo mundo vai conseguir ter esse nível de maturidade. De aceitar que a amiga está com alguém que você odeia e costumava confiar. E se estiverem falando mal de você? E se Marcela gosta mais de Geovana que de Julinha? Tudo pode ser combustível pra discórdia se não existe confiança na amizade. E se for o caso, ás vezes é mais fácil deixar rolar e ver qual lado cai primeiro. Sim, eu sei que é chato.
Marcela saiu com Geovana. Foram fazer fotos do novo cachorrinho de Marcela no parque. Julinha fica com raiva e manda indiretas no facebook sobre “amizades que não são mais as mesmas” ou mesmo “queria ter uma câmera profissional. Soube que uma nikon pode preservar amizades. :)” Vish!

Sexto: um dia de cada vez
Se um dos lados de fato ruiu, paciência. Marcela fez sua parte. Não foi falsa, se manteve fora da treta e fez o que pôde para manter a paz. Mas Geovana decide que não consegue confiar em Marcela o suficiente pra ter certeza que ela não contou para Julinha que ela havia brigado com o namorado na noite passada. Julinha passa a convidar Marcela cada vez menos para saírem juntas, e quando Marcela chama, Julinha normalmente está ocupada. Não confia mais segredos a Marcela. E o distanciamento silencioso acontece.
Vida que segue.

Conclusão; Não podemos ter controle sobre nossos amigos (o nome disso é the sims), e haverão vezes na vida em que um grupo tão bom, tão divertido e dinâmico, pelo motivo que seja – vai se romper. Mas você não é obrigado a escolher lados. Apenas esteja lá para todos os seus amigos em questão, com honestidade do início ao fim, e muito diálogo.

Vai ser difícil, mas por muitas vezes, acaba dando certo.

E quando não der?

As lembranças legais vão perdurar e novas amizades vão vir. Sempre vêm.
Porque pra nossa sorte, encontrar novos amigos que tem tudo a ver com você é bem mais fácil do que achar sua alma gêmea, por exemplo. (e convenhamos, prioridades!)

Marcela voltou a falar com Geovana depois de algum tempo. A amizade não é mais a mesma, mas existe uma fagulha de expectativa de que um dia, volte. Não tem pressa. Outro dia elas até foram lanchar juntas! Com um grupo de amigos, claro.

Julinha está num intercâmbio e depois de alguns meses tendo os melhores momentos da sua vida de estudante, desbloqueou Geovana no facebook. Elas continuam não se falando.

Mas outro dia eu vi que Geovana curtiu uma foto de Julinha em que ela estava construindo seu primeiro boneco de neve. E mais ainda, ela até deixou um comentário.

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Não esqueça de conferir o post do dia da Luana, clicando no banner abaixo! <3

 

Suelen Cosli

Eu vou pra Londres com a Bruna Vieira! + ódio gratuito na internet

04mar

Como vocês já devem estar sabendo pela minha postagem na fanpage do blog, sim. O concurso da Kipling com a Bruna Vieira? Yep. Eu ganhei. Até hoje a ficha não caiu direito porque isso é TÃO incrível, mas sim, eu ganhei. E nossa, quando eu soube eu gritei, chorei, deu um tilt no meu cérebro por alguns longos segundos… Foi tipo, um dos melhores momentos da minha vida junto com o meu primeiro e único aniversário surpresa em 2013, o dia em que eu consegui passar na minha prova de direção depois de 6 provas e dois processos de um ano cada fracassados, o dia da cirurgia de remoção de tumor maligno da minha avó que havia sido um sucesso.

Fiquei tão feliz que sim, entrou pra esse ranking super exclusivo que até então não havia exigido de mim mais que estudo técnico pra conseguir (no caso da prova). Foi a primeira vez que coloquei minha criatividade a prova de forma que eu consegui aprovação máxima. Então é, até agora, palavras não descrevem.

Exceto que essa alegria foi murchada e espancada com um taco bem rápido.

Todos sabemos que pessoas sabem ser más na internet. Até as que não são na ~vida real~, tendo uma ferramenta tão poderosa como as redes sociais, aprendem a ser cruéis pra desabafar sabendo que não haverão quaisquer consequências. E quer saber, eles têm razão.

Já se passou uma semana desde o resultado do concurso, e todos os dias têm sido a mesma coisa.

Entro no facebook, pessoas estranhas na minha caixa de spam do inbox falando que a minha ilustração estava bem ruim e que eu não merecia ter ganho.
Entro no instagram, comentários maldosos de estranhos em várias das minhas fotos, no meu direct, pessoas criando fotos nos seus instagrams pessoais falando como esse concurso foi injusto, comprado, que eu sou rica e comprei o resultado (ok, essa parte bem que eu queria que fosse verdade porque né /desempregada)
Entro no twitter, alguém criou uma conta fake meio boba especialmente pra falar mal do julgamento da kipling em escolher uma mochila tão ruim como a minha, e afirmando que só ganhei porque sou, adivinhem; blogueira.

(A mochila em questão que me custou cerca de um dia e meio em horas somadas pra concluir)

https://instagram.com/p/zayycJzJ3s

Ah, mas o melhor, e que mais me deixou estarrecida, foi a acusação equivocada de que eu infrigi as regras. Vou aproveitar esse post pra esclarecer e talvez conseguir com que você que me acusou disso coloque a mão na consciência e se desculpe pela calúnia.

Criaram uma hashtag (que não teve muita repercussão) pra me tirarem o primeiro lugar, alegando que eu infrigi as regras fazendo reposts. Dois, pra ser mais exata, e que foram apagados rapidamente dias antes da data limite de postagem. Na época eu fiz porque vi todo mundo fazendo (pior coisa, eu sei), e nem me toquei. Mas ainda bem que me toquei bem antes, percebendo que reposts prejudicavam quem fosse postando por último, e como eu percebi? Porque eu entrava todos os dias na hashtag pra ver os novos participantes e ficava profundamente irritada porque não conseguia, só via milhares de repostagens de alguns outros que já havia visto dias atrás) mas não passou pela cabeça de mais ninguém que isso podia ser errado ou que poderia estar prejudicando os outros participantes, ou até pensaram nessa parte e deixaram e continuaram de má fé, pra serem vistos mais do que os outros. Sério que isso não passou pela cabeça de mais ninguém que podia ser, sei lá, errado? E quem é condenada sou eu, uma das poucas pessoas que apagou os reposts bem antes de eles sequer contarem pra alguma coisa (já que os apagados foram só os reposts e portanto não apareceram dentre os quase 3 ou 4 mil novas postagens dos dois dias antes do prazo final)?

Daí fica a dica da próxima; pense nos outros que estão na mesma posição que você numa competição. Quer concorrer, concorra limpo. Aí sim dá alguma moral pra vir falar qualquer coisa sobre seja lá quem vença ao invés de você, e mesmo assim a moral só permanece se você usar argumentos melhores e mais consistentes do que “tinham mochilas melhores”.

Então é, tem sido meio complicado. Nunca lidei com hate na vida porque sempre fui na internet exatamente o que sou na vida real; gente boa, humilde, simpática, altruísta, fiel e você pode ir confirmar com qualquer pessoa que já teve qualquer contato comigo, incluindo meus leitores que são no momento o que eu mais tenho de precioso nesse blog, que é o tanto de apoio que eles têm me dado, e por isso nunca dei motivo pra receber hate. Sério, eu sou uma das pessoas mais tranquilas pra ver o melhor das pessoas que vocês vão conhecer.

Então por tudo isso pode-se dizer que ainda to meio chocada com a capacidade do ser humano de ser ruim simplesmente porque outra pessoa sucedeu ao invés deles em uma coisa. Em um concurso de uma coisa tão pura, artística, e divertida como é o desenho. Uma vez.

E não, não adianta vir comigo com o discurso de “liberdade de expressão”. Porque uma coisa é liberdade de expressão, outra muito muito diferente é uma coisinha chamada discurso de ódio, onde você usa sua opinião não pra firmar uma posição, mas pra maltratar, humilhar, e diminuir outra pessoa ou uma classe/raça/etc. Então não. Apenas pare.

Francamente, como essas pessoas vão encarar a vida quando outros sucederem ao invés deles em outros momentos da sua vida? Porque meu filho isso vai acontecer e muito. Tenham noção, que com relação a desenho, essa é a segunda vez que eu ganhei na vida alguma coisa. A primeira foi quando eu tinha 13 ou 14 anos e um desenho meu de uma ninja do ragnarok foi escolhida dentre outros poucos desenhos pra ser a nova tela de carregamento do servidor em que eu jogava na época. Ganhei 1 milhão de zenys, um chapéu raro, e um pet ainda mais raro da espécie bolinho de arroz e foi in-crí-vel. Mas foi isso, depois disso participei de muitas coisas mais e nada, nunca. Logo é compreensível a felicidade e êxtase que eu senti ao saber que finalmente algo meu foi reconhecido mais uma vez, e que eu ia conhecer cidades de um país maravilhoso com uma pessoa da qual sou fã desde a época do dito ragnarok. Mas alguém quer saber disso? Não. 

Muitas pessoas me disseram que eu devia falar algo com a Bruna, afinal os ataques vêm exclusivamente de pessoas declaradamente apaixonadas por ela e pelo trabalho dela.E gente, entendo suas preocupações… Mas não, né? Já estou com vergonha de estar externando todo esse meu incômodo no meu facebook e aqui no blog, não quero colocar a Bruna (que no primeiro dia entrou em contato comigo pra me parabenizar (quase caí pra trás de ver ela falando comigo, diga-se de passagem) e aproveitou pra me dar um toque sobre o assunto e me fazer sentir melhor com relação ás mensagens maldosas que eu já tava recebendo publicamente no instagram dela e da Kipling) e muito menos a Kipling, que ofereceu essa oportunidade incrível igualmente pra todos que participaram. Inclusive, fico com sangue nos olhos quando vejo em alguns desses ataques os direcionados ao julgamento da empresa e da Bruna. Cadê a gratidão por todas as promoções e atividades que ambos promovem sempre? Somem no momento que vocês não são os vencedores da vez? Cês juram que não tem nada de errado com isso?

Pessoas que dão o seu melhor também perdem. Eu já perdi tantas vezes em tantas coisas que perdi a conta. Mas sério, acho que nem quando eu era criança (e olha que eu fui uma peste de má durante uma fase da minha vida) eu atacava pessoalmente alguém que sucedeu em algo que eu também estava tentando. Ninguém que eu conheço já fez algo parecido. É algo realmente chocante pra mim em presenciar e pior, sentir na pele o que agora eu sei que muitas blogueiras (e outras profissões que ganham destaque na mídia como atrizes, cantoras, jornalistas, etc) passam todos os dias em números infinitamente maiores. O psicológico exigido pra se aguentar essas coisas e não correr pra ficar em posição fetal na cama é uma coisa realmente muito punk.

Então pra você aí, que foi uma das pessoas que decidiu espalhar seu ódio gratuito seja pra mim ou pra qualquer outra pessoa em outra situação parecida; como se atreve?

Vou falar de forma bem geral e não aplicado somente a mim porque eu acredito que essa situação seja bem maior que somente eu, mas vou me usar de exemplo em alguns.

Seu valor não se define no que outra pessoa superou você em qualquer coisa. Se define no que você tira dessa derrota. Amargura ou experiência?

Sua visão sobre o que é bom o suficiente ou não, não é a visão universal. Aprenda a lidar com isso pra não ter experiências ruins no mercado de trabalho e na vida pessoal no futuro.

Enviar mensagens anônimas cruéis podem te fazer um bem falso na hora. Mas entenda que o alvo vai continuar com a sua vida e mesmo que sua maldade o tenha atingido na hora, isso logo passa. Sua atitude infantil não. E alimentar algo assim não é a coisa mais esperta que você escolheu fazer.

Já existe muita ruindade no mundo sem precisarmos da impunidade do anonimato da internet. Pessoas sendo más com as outras simplesmente porque sim. (quem nunca sofreu bullying em algum momento na infância, né?)

Se você precisou fazer ataques pessoais pra alguém que sucedeu sobre você em algo não relacionado ao pessoal (como no meu caso, onde uma mocinha super bonita decidiu me chamar de “p**inha do cabelo ruim” a troco de… Bom… Alguma coisa), tem certeza que é com essa pessoa mesmo que você está com raiva? E não do seu sentimento de que não fez o seu melhor como ele ou ela fez?

Se você está irritado porque a pessoa que sucedeu sobre você em algo tem expressado sua felicidade em seus perfis pessoais e por isso enche o peito pra dizer que ele ou ela “precisa ser mais humilde” (yep), reflita e compreenda que não é ela que é desumilde. É você que é invejoso. Totalmente errado seria essa pessoa ir no seu perfil cantar vitória de forma insensível.

Eu sei que todo esse meu discurso não vai fazer você, troll declarado de internet, mudar e evoluir suas atitudes online. Mas com um pouco de esperança penso que pode até fazer você repensar, mesmo que por um segundo. E pra mim isso já basta.

Então vamos pôr a mãozinha na consciência não só quanto a esse caso, meu caso é um dos mais light na verdade! Mas com relação a tudo. Bullying, slut-shaming, vazamento de fotos privadas. Todas essas coisas que talvez um dia sumissem se todos fizessem sua parte em não fazer parte.

Quero deixar claro que esse post me serviu como desabafo e os comentários anônimos estão liberados pra vocês falarem o que quiserem aqui. E que eu to disposta 100% a conversar de forma civilizada com quem quiser.

Mais amor, por favor.

PS: Fiquem com a reação da May-Doo ao saber do resultado do concurso.

Suelen Cosli