Yep. Hoje vamos largar a palhaçada um pouco e falar de coisa séria.
(Mini-suu (alter-ego): nem se tu quisesse conseguiria falar sério alguma coisa… AI!)
Como eu dizia. Um dia destes algo muito chato me chamou a atenção pelo facebook.
Uma colega também ilustradora estava desabafando sobre o quanto a arte do desenho/ilustração é desvalorizada e, aparentemente, não levada a sério como um trabalho de verdade. Afinal, é só desenhar. Né?
Não, não é. Clique no leia mais!
Vamos pensar aqui na diferença entre um ilustrador e um advogado; é apenas semântica. Ambos estudaram e ralaram pra chegarem onde estão. Pro ilustrador ainda acaba sendo mais difícil conseguir o estudo necessário, porque no Brasil não existem muitos cursos profissionalizantes na área (que valham a pena), então boa parte se auto-educa desde cedo com o que pode ser encontrado.
Eu por exemplo, desenho desde muito pequena, e nunca tive o $cacife$ pra fazer qualquer curso, então foi tudo na ralação. Hoje em dia, mesmo sem curso, por conta do meu portfólio e do que eu mostrei que tinha aprendido, eu trabalho como ilustradora pra uma empresa incrível nacional que recentemente já tem trilhado seu caminho pra se tornar internacional. E aí? Por ter desenhar como profissão ainda sou amadora?
Tem até piadinha que rola na internet no meio artístico sobre isso, que é mais ou menos (e variantes) disso:
Claro que essa desvalorização não é de hoje, alguns dos maiores pintores, escultores e afins, eram “mortos de fome” e só vieram fazer o devido sucesso depois da sua morte; ê sina.
Mas já estamos no século XXI galera. Vamos todos nos abraçar e aceitar o fato de que alguém que desenha pra viver não é vagabundo, não é aproveitador, não é extorquista (essa palavra existe, ta? Acabei de inventar), é alguém que persegue a profissão que ama como eu e você. (Nem todo mundo infelizmente persegue o que ama, mas cada um com seu cada um)
Existe um velho ditado muito interessante que se aplica não só a isso, mas como a todo tipo de profissão.
Se você faz algo muito bem, nunca faça de graça, ou morrerá de fome.
Por isso galera, vamos nos conscientizar e ter discernimento. Não to também dizendo que você deva sucumbir ao preço de 50 reais por um vetor mal-feito. Até porque você não compraria um bolo todo desmantelado e ruim pelo preço de um bom. Aí que entra a parte do discernimento de valores.
A arte da pessoa é boa? Você gosta do estilo dela? Pensa que o que você está pretendendo com uma ilustração (pra blog, pra convite de aniversário, pra painel, etc) no estilo dela é exatamente o que você procura? Então não desvalorize.
Um bom ilustrador entende o valor da arte dele, e não vai te explorar. Até porque, não é só um desenho que você está comprando, é uma identidade visual; dependendo do acordo que você fecha com ele, você agora tem além do desenho, o direito de usá-lo pra divulgação do seu negócio (que acaba atingindo muito mais pessoas), o direito de usá-lo em outras mídias (ou seja, reaproveitá-lo pra você não ter que ficar comprando várias ilustrações), enfim, as vantagens são infinitas e discutidas na hora de fechar um preço. Porque dependendo do nível de veiculação, o preço é mutável. (O mesmo desenho tem um preço se for apenas para um banner de divulgação, e um bem maior se for para uma página de revista, por conta do alcance de público)
Mas suelen, aquele ilustrador tem um traço muito legal, mas ele ta me cobrando 100 reais e não tem nem cursos ou formações. Ele não tá me roubando então?
Você mesmo disse. Ele tem um traço muito legal. Se você
gostou mesmo e achar que vale a pena, não discuta os valores do profissional que está lidando. Porque tem muito MUITO ilustrador por aí que é exemplo vivo que curso não define habilidade. (Um exemplo vivo muito bom é a
Irena Freitas) E isso nem vale só pra desenho. Você acha que a
Bruna Vieira fez algum curso de letras pra escrever o livro dela? (Já vai até sair outro meu povo) Não. Assim como a Irena, ela só fez o que gostava desde nova e deu no que deu.
Então gente, acho que eu já me fiz clara. O que também impulsionou esse post foram experiências próprias que eu até mencionei nos PS’s de um post anterior aqui do blog, sobre gente que tenta pechinchar ilustração na inocência achando que está evitando ser explorado, quando na verdade é esse cliente que está explorando.
Paz e respeito nas profissões people.
…
AGORA VAMO FALAR DE TEKPIX
Encomendas prontas!
Encomenda da Alessandra pra loja virtual Pequenas Jóias.
Agora a loja tem uma mascote que parece com a dona (com 10 anos a menos) awwwn
Considerações da autora: Eu apanhei bastante, mas consegui deixar no resultado que tinha em mente (não 100% mas FALA SÉRIO VIU?) então ponto pra mim!
Encomenda da Line do blog
Puta Merda! que vai pro layout dela ainda hoje. Gente, como eu amo des
enhar cabelo colorido (candy). <33333 e devo dizer que a gatinha dela foi divertida de fazer também HAHA
Considerações da autora: Como eu disse, me amarrei demais em fazer esse cabelo. No final deu vontade de mascar KKKKKKK
Esse não é uma encomenda, é um presente de dois anos de namoro 😀 virou caneca <3
(GENTE PLMDDS EU SEI QUE É “na maternidade” ALI MAS RECEBAM A INTERNA.)
Tem uma mistureba de elementos que é a cara da nossa relação.
O manequim de madeira pra desenho foi presente surpresa dele (quase morri).
A rosa que ele ta segurando é de plástico e me foi dada numa festa junina acompanhado de “vou deixar de te amar quando essa rosa murchar”.
A claquete tem várias coisas fofinhas escrito tipo “take: forever, date: 13.05.13 (dia do aniversário), production: destiny” e assim vai. É uma alusão também ao vício eterno dele na indústria cinematográfica. 😀
Coca-cola, pizza e as séries mencionadas (e mais recentemente GoT) é a cara de um sábado a noite só nós dois (e como foi o aniversário também).
A folha é a primeira grande tatuagem na costa dele, que eu fui junto pra ficar segurando a mão e dando força HAHAH (e pra mentir dizendo “tá acabando”)
O peixe-boi é o Pesche. Um bicho da FOM que ele me deu de aniversário em 2011 com o primeiro salário do emprego novo na época. <3
Fora isso na moldura ainda tem os dois corações com as marcas clássicas nossas de uma âncora com asas, com os passarinhos pra não sair da linha vintage.
Ufa! É isso.
Podem chorar agora.
Mas agora, goodies pra vocês!
Essas duas mocinhas de cabelo colorido são livre para uso em layouts, páginas, etc. (Com créditos, já sabem) traaaa vieram direto do meu sketchbook e coloridas e texturizadas no photoshop. 🙂 Ambas sem qualquer referência então sim eu to orgulhosa de não ter saído nada muito etificado.
Por último, uma sereia singela que gosta de roubar jóias de navios passantes (péssimo exemplo ela) também com candy color no cabelo porque i just can’t get enough.
Beijos!
PS: O post sobre minha nova lente nikkor cinquentinha vem no fim de semana. Quando eu vou ter tempo de usá-la. 🙁 snif