Fala galera!
To vivona!
Ok talvez não vivona porque sumi por umas duas semanas disso aqui. Projeto novinho, deu tanto trabalho pra terminar e eu sumo, mereço ser jogada no vento.
Mas são situações do dia-a-dia. Estresse em casa, estresse na faculdade, estresse no trabalho, enfim, estresse… Até tive um tempo aqui e ali onde quis fazer algo pra cá, mas o dito estresse me atrapalhou de criar alguma coisa. Bom, moving on!
Nesse post vou (começar) a falar de um dos meus temas favoritos com relação a TUDO; tatuagens. Mas não apenas postar imagens que achei na internet e achei “legas” porque isso qualquer um pode fazer, não é? Vamos falar de coisa séria porque tatuagem É COISA SÉRIA. Esse post no caso vai ser meio que uma primeira etapa, onde fala-se do início de tudo; “Por que fazer uma tatuagem?”
Vamos começar? Clique no continue lendo estupidamente pequeno.
Por que se tatuar?Antes de mais nada, existe uma razão pela qual é requerido ter 18 anos (num estúdio que se preze) para se tatuar. É justamente porque tatuagem não é brincadeira, é coisa de adulto! Então, se você é de menor e decidiu se tatuar, ok, não vou julgar (até porque tem muita menininha de 13,14 anos por aí que tem mais cabeça que as de 20) mas apenas pense direito. E é com esse intuito que este post segue como segue.
Tatuagem pode ser muita coisa. Pode ser alguma coisa que você gosta. Que você idolatra.
Que você já viveu. Que você procura um dia viver (um sonho).
Mas tem também umas coisas que tatuagem não pode ser.
Quer se marcar? Beleza. É de henna? Tem uma tia lá na Ponta Negra que sabe fazer. Mas quer que seja permanente?
Não seja estúpido.
Um bom tatuador não é nada de um malandro com uma agulha que gosta de desenhar nos outros por dinheiro. É uma profissão reconhecida, nada mais que outra extensão de artistas como músicos, pintores, escritores… E com isso, não se deve desvalorizar o trabalho de um artista, já que ele nasceu pra fazer o que faz. E o faz muito bem. Então por que alguém deveria pechinchar o valor de uma arte? Ainda mais uma arte que vai ficar na sua pele pelo resto da sua vida?
Por isso, procurar pelo mais barateiro, o que por 100 reais diz “é… acho que dá, dá sim, relasssha” NÃO. Se decidiu que quer se tatuar, faça direito, porque 50, 100, 200 reais nenhum vale
uma coisa dessas pra sempre te encarando e dizendo “DAE MANOLO VAMO PRA PRAIA”.
Eu gosto de pensar que, para ser permanente, tem que representar algo permanente. Não tem nada de errado em ficar de semanas a meses considerando se você vai mesmo tatuar determinada coisa em você. Até porque, o que é esse tempo todo pensando perto da eternidade que vai ficar junto de você? Pense direito; no futuro vai te comprometer ao tentar conseguir um emprego, por exemplo? Você vai ao menos ainda gostar dessa coisa em questão a longo prazo? Vai te causar vergonha frente a determinado grupo de pessoas? (Quero ver você explicar pro seu filho um dia por quê a mãe/pai dele tem um gato tatuado na barriga pra dizer que o umbigo dele/a é na verdade o…
Ah vá) Uma coisa no entanto é certa, eu não julgo nenhuma tatuagem de artista ou filme e afins, porque só por ser uma coisa “pública”, não quer dizer que não tenha um significado importante pra pessoa que a tatuou.
Uma coisa que parece não entrar na cabeça de muita gente, é que uma tatuagem não sai com sabão e nem sempre é tão fácil escondê-la quando se diz necessário. Primeiro que a tatuagem deve ser pra você, não para os outros, portanto de nada adianta desenhar uma rosa na testa ou um bigode no buço (COM ESSA MODA DE BIGODE, EU JURO QUE NÃO DUVIDO.), tenha em mente que um desenho loucão de um dragão na fuça vai te fechar muitas portas no mercado de trabalho. E o que é mais importante aqui?
Da autora que vos fala
Mazéclaro que uma entusiasta descabida como eu que até post precisei escrever tenho pelo menos UMA rabiscagem no corpo (só uma mesmo). E naturalmente, ela tem uma história.
Tudo começa com uma frase que, há muitos anos atrás, se tornou minha fillosofia pessoal.
You be the anchor that keeps my feet in the ground, I’ll be the wings that keep your heart in the clouds
O significado se encaixou muito em mim por eu nunca ter sido dessas de fazer loucuras na noite ou vááárias outras coisas divertidas que vocês vêem em filmes. Eu sou muito afixada. Eu gosto de planejar antes de fazer pra não ser pega desprevenida. Em outras palavras, eu sou uma âncora (“que se afixa no chão”), não que eu seja uma bibliotecária chata, eu tinha vontade de muita coisa e vários sonhos, só que nunca tinha tido aquele impulso pra ir atrás deles. Sabem, por segurança de não quebrar a cara.
E desde aí eu comecei a usar o termo wingedanchor (âncora alada) pra tudo (vide twitter) exceto que eu não tinha as ditas asas da frase. Então em termos eu estava incompleta e admitia isso (mesmo usando o winged ao invés de só anchor).
Daí chegou um cara. Virou meu melhor amigo, e depois o primeiro e único amor da minha vida. Ele era bem diferente de mim nesse aspecto da frase, por não gostar de rotina, sonhar alto (MUITO alto as vezes), saber que o céu não era o limite, meio infantil e iresponsável. E com essa natureza aventureira ele conseguiu ser as asas que completavam a minha âncora.
Assim como eu também fui a âncora que deixou ele mais pé-no-chão, menos “loucão”, e eu passei a me desprender mais do chão. Em termos, um completou o outro.
E com isso, decidimos que nas nossas primeiras tatuagens, ele faria uma âncora, e eu um par de asas, representando nosso equilíbrio graças ao outro.
O local da tatuagem também tem uma boa razão. Escolhemos o lado interno do pulso pra que sempre que déssemos as mãos, a âncora e as asas ficassem juntas (formando a winged anchor), e ele fez no pulso esquerdo por ser o lado que um noivo fica com relação a noiva no altar – e isso é porque na idade média, cavaleiros seguravam a espada com a mão direita enquanto que a esquerda protegia suas donzelas. Sim, a gente pesquisou PRA CARAMBA. (recomendo a todos que façam o mesmo, até porque é disso que esse post se trata :B)
No dia que finalmente nos casarmos, vamos completar os dois desenhos; eu vou tatuar uma âncora entre minhas asas, e ele vai tatuar as asas na âncora dele. Dando assim a história por completada no altar. Mais permanente que um par de alianças, hein?
Rolou até piada de que os tatuadores de nossas preferências fossem estar dos nossos lados no casamento pra completar os desenhos no fim da cerimônia. :B Será que minha avó me bate?
Bom, essa é a história.
Ele tem uma outra tatuagem nas costas, que representa o amor (doente) que ele tem pela natureza e pela preservação do nosso planeta.
Não adianta só dizer que gosta, tem que agir de alguma forma – ele no caso se preocupa com reciclagem, economia de energia e água, petições do green peace, dentre outros; fora que o rapaz numa floresta parece um pinto no lixo. Ou eu num rodízio de pizza da Loppiano. Kkkkkk
Agora acho que vale a pena fazer um merchan básico de dois ótimos artistas do ramo (aqui da minha cidade):
(Clique na imagem para visitar o perfil)
A Rebeca Brito é a artista do estúdio Lolita Tattoo e foi quem fez minhas asas e a âncora do meu namorado. Muitos dos desenhos dela são delicados e com uma pegada rockabilly/old-school. Lindimais!
(Clique na imagem para visitar o perfil)
O Max Queiroz é integrante de um super time de artistas de um dos estúdios mais bem conceituados da minha cidade, e foi quem fez a folha na costa do meu namorado. Vendo essas obras dele nem preciso falar muita coisa, né? Recomendo!
Agora eu tenho uma dica pra vocês; Enquanto estiver pensando na sua arte, é muito bom ver uma “prévia” pra ter uma idéia melhor de como vai ficar finalizada na sua pele, fora que ainda é uma mão na roda pro tatuador entender direitinho como você a quer. Isso é só mais uma das utilidades do sempre confiável photoshop (ou basicamente qualquer outro editor de imagens que trabalhe com camadas).
Chega né?
Qual será minha fixação com posts gigantes?
Vou tentar postar uma coisa bem curtinha na próxima. Rs
Beijos!